O FILHO DO HOMEM
Na sexta-feira amarrado
como se fosse um bandido
Jesus com grande alarido
a Pilatos foi levado.
Ele o julgando inocente
ao rei Herodes mandou
e as próprias mãos as lavou
para mostrar-se clemente.
Os inimigos mesquinhos
às três horas o açoitaram
e a sua fronte adornaram
com uma coroa de espinhos.
Escarnecido e humilhado
entre golpes avançava
e a cruz nos ombros levava
para ser crucificado.
Às seis horas já despido
e colocado na cruz
o seu sangue em plena luz
era ali mesmo vertido.
Os ladrões que tinha ao lado
não cessaram de o ofender
até o sol se esconder
ante o povo aglomerado.
"Deus! Por que me abandonou?"
gemeu com voz apagada
e uma esponja avinagrada
para dar-lhe alguém levou.
Quando na cruz ele deu
o suspiro derradeiro
rasgou-se o véu por inteiro do templo
e a terra tremeu. (A terra tremeu
e do templo rasgou-se o véu por inteiro)
Mas já a noite caía
e um soldado junto a cruz
o corpo nu de Jesus
com a sua lança o feria.
Das feridas que o consomem,
sangue e água ali brotaram
e foi assim que trataram
Jesus, o Filho do Homem.
(Jesus, o Filho do Homem.)
Volta para: / Back to:
O Filho do Homem |
Canções da Revolução | voz / voice
Música de Câmara / Chamber Music |
Música Vocal / Vocal Music
Catálogo de Obras |
Works Catalog
Principal |
Home
|